O Eu da Minha Infância: Como a Criança que Fomos Ainda Vive Dentro de Nós. E se você pudesse voltar no tempo e falar com a criança que um dia foi, o que diria? Portanto descubra como seu “eu da infância” ainda influencia sua vida adulta e como resgatar sua essência para viver com mais leveza e autenticidade.
Se Você Pudesse Conversar com a Criança que Foi, O Que Diria?
Feche os olhos por um momento. Lembre-se de si mesmo quando criança. Como era o brilho dos seus olhos? Quais eram seus sonhos? O que te fazia sorrir? Agora, imagine que você tem a chance de voltar no tempo e falar com essa criança. Sendo assim o que você diria a ela?
Talvez você queira abraçá-la e dizer que tudo ficará bem. Ou talvez pedir desculpas pelas vezes que ignorou seus sentimentos, tentando ser forte demais. Talvez queira reforçar que ela sempre foi suficiente do jeito que era, sem precisar provar nada para ninguém.
Muitas vezes, levamos para a vida adulta dores e inseguranças que nasceram na infância e nem percebemos. Mas a boa notícia é que podemos olhar para dentro, resgatar essa criança e aprender a tratá-la com mais carinho e compaixão.
O Que Acontece Com a Criança Que Fomos?
Nossa criança interior não desaparece com o tempo. Ela continua vivendo dentro de nós, influenciando nossas emoções, decisões e a forma como nos relacionamos com o mundo. As experiências da infância moldam nossa autoestima e segurança emocional. Se crescemos em um ambiente de acolhimento e incentivo, desenvolvemos autoconfiança. Mas se fomos expostos a críticas constantes, negligência ou rejeição, podemos carregar feridas emocionais que impactam nossa vida adulta.
Essas marcas podem aparecer de várias formas: ansiedade, dificuldades em confiar nas pessoas, medo de errar, necessidade de validação constante ou até a sensação de que nunca somos bons o suficiente. Portanto ignorar essa parte de nós pode nos levar a repetir padrões que nos prejudicam, sem entender de onde eles vêm.
Feridas da Infância Que Ainda Nos Acompanham
Muitos dos desafios emocionais que enfrentamos hoje são ecos do passado. Algumas das feridas mais comuns incluem:
1. Medo do Abandono
Se quando crianças nos sentimos rejeitados, negligenciados ou sem um porto seguro, podemos carregar para a vida adulta um medo irracional de sermos deixados. Sendo assim isso pode gerar insegurança em relacionamentos, medo de ficar sozinho ou até mesmo um comportamento de autoafirmação constante.
2. Busca Excessiva por Aprovação
Se aprendemos que o amor e a aceitação dependiam de sermos “bons o bastante”, podemos nos tornar adultos que fazem de tudo para agradar os outros, mesmo às custas do próprio bem-estar. Dizer “não” pode parecer impossível, e a sensação de culpa surge sempre que colocamos nossas necessidades em primeiro lugar.
3. Sensação de Nunca Ser Suficiente
Comparações constantes, críticas severas ou falta de reconhecimento na infância podem fazer com que uma pessoa se sinta inadequada, independentemente do que conquiste. Isso pode levar à procrastinação, ao medo de falhar e à dificuldade de reconhecer o próprio valor.
4. Medo de Demonstrar Vulnerabilidade
Frases como “engole o choro”, “não seja fraco” ou “ninguém gosta de gente dramática” podem ensinar uma criança a reprimir suas emoções. Como adultos, podemos ter dificuldades em nos abrir, expressar sentimentos ou até mesmo aceitar ajuda, criando barreiras emocionais que nos afastam das conexões genuínas.
Como Resgatar e Curar o Eu da Infância
Lembrando que nunca é tarde para acolher essa criança interior. Assim podemos mudar a forma como lidamos com nosso passado e aprender a tratar a nós mesmos com mais gentileza. Aqui estão algumas formas de iniciar esse processo:
1. Escreva uma Carta para o Seu Eu da Infância
Pegue um papel e escreva para a criança que você foi. O que você gostaria que ela soubesse? Diga a ela que era amada, que não precisava ser perfeita para ser aceita e que tudo o que sentia era válido. Portanto esse exercício pode trazer um alívio emocional profundo.
2. Resgate Pequenos Prazeres da Infância
O que te fazia feliz quando criança? Desenhar, cantar, brincar ao ar livre, inventar histórias? Tente resgatar essas pequenas alegrias no seu dia a dia. Isso ajuda a restabelecer a conexão com sua essência.
3. Identifique e Questione Suas Crenças Limitantes
Muitas das ideias que carregamos sobre nós mesmos não são verdades absolutas, mas sim algo que internalizamos na infância. Então pergunte-se: “essa crença realmente reflete quem eu sou ou foi algo que me fizeram acreditar?”. Aprender a diferenciar essas vozes internas pode libertar você de padrões prejudiciais.
4. Seja o Adulto que Você Precisava Quando Criança
Agora que você cresceu, pode oferecer a si mesmo o apoio que talvez tenha faltado no passado. Portanto pratique a autocompaixão. Trate-se com a paciência e o amor que teria dado a uma criança assustada. Sendo assim reconheça suas conquistas, mesmo as pequenas.
5. Busque Apoio Profissional
Se os traumas da infância ainda ecoam de maneira intensa na sua vida, a terapia pode ser um espaço seguro para curar essas dores. Portanto um profissional pode te ajudar a ressignificar sua história e construir uma relação mais saudável consigo mesmo.
Vamos Refletir Juntos
A criança que você foi nunca desapareceu. Ela ainda vive em você, esperando ser acolhida e ouvida. Mas ao invés de ignorá-la ou reprimir seus sentimentos, que tal dar a ela o carinho e a validação que sempre mereceu?
O passado não pode ser mudado, mas sua relação com ele, sim. Sendo assim você não precisa continuar carregando os mesmos medos e inseguranças. Podendo escolher, a partir de hoje, se tratar com mais respeito e afeto.
Da próxima vez que sentir que não é suficiente, pare por um instante. Feche os olhos e imagine a criança que você foi. Olhe para ela com ternura. O que você diria para confortá-la? Como poderia guiá-la com mais gentileza e amor?
Você merece ser tratado com carinho. Você merece ser ouvido. Portanto acima de tudo, merece viver uma vida onde se sinta inteiro e autêntico.
Se este artigo tocou você de alguma forma, compartilhe com alguém que pode precisar dessas palavras. Sendo assim vamos juntos espalhar mais compreensão e carinho para todos os “eus da infância” que ainda vivem dentro de nós.
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